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Um grupo de ativistas criou uma lista de ferramentas alternativas aos de
empresas de internet como Facebook e Google, para fugir da espionagem
on-line do governo dos Estados Unidos. Neste domingo, reportagem de “O
Globo” mostrou que o Brasil está na lista de países monitorados pelos
programas da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) (Veja site aqui).
"Eu realmente acredito que o mundo está passando por uma fase de
monitoramento. É apenas natural para aqueles que detêm o poder querem
tanto informação quanto possível sobre as pessoas que governam. E o
atual estado da internet faz com que seja incrivelmente fácil que eles
façam isso", disse o ativista Peng Zhong, criador da lista, ao G1. Mas ele não fez tudo sozinho. Veja ao lado algumas opções da lista.
A listagem criada pelos ativistas pela privacidade na internet elencam
alternativas aos serviços das companhias envolvidas com o Prism (Apple, Facebook, Google, Microsoft, YouTube, Skype, AOL, Yahoo!
e PalTalk), além de outros igualmente caracterizados por terem
tecnologia proprietária, ou seja desenvolvida por uma companhia.
Entre as ferramentas estão bate-papos, navegadores, mapas na web,
conferências por vídeo e voz, redes sociais e serviços de armazenamento
de dados. “Privacidade pessoal é a liberdade conduzir a sua vida sem ser
monitorado por uma autoridade central", diz Zhong.
Na lista, há ferramentas com tecnologia proprietária, como o DuckDuckGo
ou o Startpage. No entanto, elas permitem navegação anônima.
Algumas dessas ferramentas são amplamente utilizadas não só por
coletivos conhecidos como os Anonymous como também por "hackitivistas"
(hackers ativistas) de todo o mundo. O navegador TOR, por exemplo, dá
acesso à chamada Deep Web.
O GitHub, aliás, plataforma escolhida para abrigar a lista é utilizada
para o desenvolvimento de projetos de grupos que querem manter projetos
na web a salvo de monitoramento.
“Eu publiquei a versão inicial dessa lista em 10 de junho, com algumas
opções aos softwares proprietários. Colaboradores me ajudaram a traduzir
o site para várias línguas diferentes e a aumentar a seleção de
programas”, explicou. Foi com essa contribuição de brasileiros que a
versão em inglês foi vertida para o português.
O criador da listagem adverte, no entanto, que esses programas não
deixarão os dados na web totalmente a salvo. "Usar esses programas
livres não irá garantir 100% que você esteja completamente além do
monitoramento da NSA, mas eles certamente fazem muito, muito mais do que
se você não fizesse nada."
Conta para isso, informação contida na reportagem de "O Globo" sobre a
existência de outros programas da NSA conseguem capturar dados
trafegados fora do alcance dos serviços dessas empresas.
"Para proteger sua informação do governo, você precisa criptografar
suas comunicações e parar de usar e-mail e outros serviços na nuvem",
sugere Zhong.
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Fonte: Globo.com
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